Eu bem que podia ter tentado te impressionar. Dizer que sou uma pessoa bem agradável, amorosa, gentil, bonita e fina. Também podia te contar todas as coisas legais e incríveis que faço diariamente. E podia relatar todas as “bondades” que fiz ao longo dos meus trinta e um anos. Podia, mas não fiz. Eu sou essa mesmo: sem máscara, sem arma, sem retoque, sem nada. Tenho incontáveis defeitos, mas me ofereço inteira: com minhas partes estragadas e boas. Se quiser vem logo pra cá.
Você é o caos e a harmonia da minha vida. Você bagunçou e ajeitou tudo tão de repente, que não é a mesma coisa viver quando você está ausente. Fica um vazio, um espaço que só pode ser preenchido por você.
Você me tem fácil. Eu posso gritar dizendo que não quero mais você, mas será sempre da boca pra fora. Eu posso bater a porta e ir embora, mas eu sempre irei voltar. Porque aqui é a minha casa, aqui é o meu lugar. E mesmo tendo o teto caindo em nossas cabeças e as paredes caírem destruindo tudo que a gente construiu, eu continuarei do teu lado enfrentando qualquer tempestade. Eu não ligo se a única coisa que sobrar for o teu abraço. Porque é exatamente nesse abraço que é o meu lugar.
Apesar de tudo, eu nunca desisti, eu insisti, lutei e persisti. Mesmo sabendo que a nossa porcentagem de dar certo era igual a zero, eu estava lá, eu tinha que estar lá. Não tem explicações e nem ”por quês”. Simplesmente algumas coisas valem a pena. Apesar de tudo.
E quando eu fugir de você, corra atrás, e diga que precisa de mim. Eu vou espernear, dizer que não, bater pé, mas no fundo vou estar mais feliz que qualquer outra pessoa do mundo.
Eu odeio cada quilômetro, cada metro, cada centímetro, cada milímetro que me deixa longe de você.
E se algum dia eu te ligar e disser que sinto falta do que a gente era ou nem chegou a ser, por favor, me ignora. Desliga na minha cara, faz cara de paisagem, finge que a ligação está ruim, distante, pum, faz cair a ligação. Finge que eu não disse. Porque eu preciso te esquecer de uma vez por todas.
Desculpe se desisti de nós. É que no meio da euforia parece estar tudo bem, mas quando a gente coloca a cabeça no lugar, a gente percebe que tem muita coisa faltando, tem muita coisa errada, fora do lugar. Desculpe se não consegui levar adiante o que parecia ser para sempre. Talvez o “para sempre” tenha uma carga pesada demais para nós. Sei que nossa música parecia tocar no mesmo ritmo, mas meu compasso estava errado. Ou parecia estar. Quem sabe não era o seu? Na verdade, eu não sei. Não sei o que aconteceu com o nosso querido “nós”. Não sei onde fomos parar. Suspeito que ninguém conseguirá me fazer sentir o que só você me fez sentir. Mas, as coisas pararam de andar e eu não consegui empurrar mais. Ah, me desculpe meu amor, me desculpe por desistir de nós.
E por falar em pessoa amada, aqui estou eu, voltando os meus pensamentos outra vez para você, e como sempre, acabo ficando apenas na vontade de ter você aqui.
Eu sempre quis lhe escrever algo, lhe desenhar algo, lhe mostrar algo no qual você percebesse que, eu amo teus olhos, teu jeito e que amo você. Mas nunca soube por onde começar. Mas eu amava. Calada, quieta, sorrindo… E choramingando. E eu, sem saber o que você pensava, com essa mistura de silêncios, resolvi logo te amar. Talvez essa seja a cura pra minha loucura: seu amor.
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